Steve Jobs, CEO da Apple, é um nome respeitado em todo o mundo,
especialmente pela marca que criou e que é símbolo de alta tecnologia e
inovação. Mas o que me leva a admirá-lo ainda mais foi a decisão que ele
tomou em relação a seus produtos e a pornografia. Jobs resolveu tornar
mais difícil em seus produtos o acesso à pornografia. O jornal britânico
The Guardian
noticiou: “Então, a insistente política de autocensura da Apple, para o
novo IPad, tem deixado de fora muitas editoras de revistas.” Jobs
reafirmou sua posição numa acalorada troca de e-mails com Ryan Tate,
escritor do site Gawker.com, que acompanha notícias e fofocas no Vale do
Silício e em outros lugares. Tate discordou do anúncio de televisão que
chama o iPad de “revolução” e enviou um e-mail para Jobs: “Se Dylan
[Bob Dylan, um dos músicos favoritos de Jobs] tivesse 20 anos hoje, como
ele se sentiria sobre sua empresa? Ele acharia que o iPad teria a
mínima coisa a ver com ‘revolução?’ Revoluções envolvem liberdade.”
Jobs
respondeu. “Sim, liberdade de programas que roubam seus dados.
Liberdade de programas que destroem sua bateria. Liberdade da
pornografia. Sim, liberdade. Os tempos estão mudando, e alguns caras do
PC tradicional sentem como se seu mundo estivesse desaparecendo. Está.”
Tate
acusou Jobs de impor sua “moralidade” ao fazer com que a Apple proíba
aplicativos pornográficos para o iPad. “Não quero ‘liberdade da
pornografia’. A pornografia é simplesmente legal! Acho que minha esposa
concordaria”, disparou de volta Tate – que mais tarde disse que
lamentava ter mencionado a esposa. Jobs treplicou: “Você se importará
mais com a pornografia quando tiver filhos. [...] Estamos apenas fazendo
o que podemos para tentar preservar a experiência de usuário que
idealizamos. Você pode discordar de nós, mas nossos motivos são puros.”
Em
outra correspondência trocada com o cliente Matthew Browning, Jobs
havia defendido a decisão da Apple de manter a pornografia fora de seus
produtos: “Cremos que temos uma responsabilidade moral de manter a
pornografia fora do iPhone. Quem quiser pornografia poderá comprar um
Android”, disse ele, se referindo ao produto do competidor Google, que
tem permitido aplicativos de armazenamento de pornografia para seu
smartphone.
A posição da Apple diz respeito também a aplicativos.
Por duas vezes a Apple recusou o aplicativo “Gay New York: 101
Can’t-Miss Places” (Nova Iorque Gay: 101 locais que você não pode
perder), por incluir imagens obscenas e pornográficas.
Jobs está
de parabéns pela coragem e firmeza com que exerce sua posição de
formador de opinião e moldador de tendências, e sua marca subiu ainda
mais no meu conceito.
Na verdade, a atitude dele serve até mesmo
de incentivo aos cristãos internautas para erigirem muros de proteção ao
seu redor. Liberdade não é sinônimo de libertinagem e
irresponsabilidade. A autocensura do cristão é o mais puro exercício da
liberdade de quem escolhe não se submeter a vícios degradantes que
rebaixam o ser humano e destroem famílias. E seu antivírus está em
Filipenses 4:8.[MB]
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